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sábado, 4 de julho de 2020

Ensaio - QUAL O SEU GRAU DE ACESSO Á INFORMAÇÃO?


QUAL O SEU GRAU DE ACESSO Á INFORMAÇÃO?


  Esta semana recebi por meio de um grupo de mensagens uma informação que me causou certa desconfiança, confesso que também regada de uma fagulha de esperança na atitude do determinado veículo de informação se a mesma fosse verdade. A manchete era mais ou menos a seguinte: Tenha informação de forma gratuita e online, basta ser estudante de graduação, pós-graduação e suas extensões.
  Poxa, pensei comigo, que baita iniciativa não? Logo em seguida fui surpreendido de outro pensamento vindo de uma discussão que tive com uma professora da graduação sobre o controle e o acesso as informações das empresas de comunicação pela internet.
  Meu questionamento na época foi o seguinte – vale dizer que o contexto era das fake news e suas consequências perante nossa sociedade, a pós-verdade e também suas consequências- como posso obter uma informação verídica e de qualidade, seja por sites de informação ou grandes portais, se na grande maioria deles tenho que pagar por essa informação? Lembro-me que entramos na linha dos modelos de negócio que sustentam todo este estilo de se fazer jornalismo. Porém não sai confortável e nem concordando com aquilo, e por isso escrevo esse texto, com a seguinte pergunta: Por que a informação será apenas para esse “nicho” da população. Quais seriam os motivos para restringir o acesso da informação ás pessoas menos privilegiadas de estudos acadêmicos?
  Umas das coisas aprendidas desde cedo na faculdade e que percebi logo de cara é que a informação é poder, e que a possui tem esse enorme poder perante os outros que estão desinformados. Pois bem, com isso já começo a esclarecer o meu pensamento e as minhas dúvidas.
  O grupo do segundo grau pra baixo já se enquadra nos desfavorecidos de informação, que em momentos tão sombrios, seria de extrema importância para o esclarecimento de muitas dúvidas existentes para sua sobrevivência.

  E onde estão as pessoas com pouca escolaridade mesmo?

  Estar desinformado é como se nos lançássemos numa multidão de gente correndo pra lá e pra cá apressadas, com vendas nos olhos, tateando tudo ao redor e muitas vezes tendo a crença do que é real apenas por esse sentido. O conflito e a construção de ideias equivocadas será enorme. E como alguém que tem acesso a essas e outras informações, sinto-me no dever de compartilha-las, para assim ter alguma função para o coletivo.
  A conclusão que tenho e que ainda não vi acontecer, é de que a informação tem que ser de qualidade e verídica para todas as classes, sejam elas de primeiro, segundo ou terceiro grau, sejam elas sociais ou econômicas. Só assim teremos luz em nossos caminhos, para desvendar e obter uma razão e uma consciência coletiva, para opinar, para concordar e discordar com propriedade do que está acontecendo ao nosso redor.


Rodrigo Santos 


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segunda-feira, 29 de junho de 2020

Autora + Resenha - Jojo Rabbit (2019)

Vitoria Giovanna



  • Vitória é uma estudante do ensino médio, cinéfila de carteirinha, seus gêneros preferidos da sétima arte são o drama e a comédia. Introvertida e com um humor sarcástico, ela é nossa personagem do ensaio subscrito dessa semana, e nos traz sua precepção sobre uma premiada obra do cinema em 2019: Jojo Rabbit.












Resenha – Jojo Rabbit (2019)




adorocinema.com


 Jojo Rabbit é um filme de comédia-drama estadunidense, escrito e dirigido pelo neozelandês Taika Waititi, conhecido mundialmente por dirigir Thor: Ragnarok (2017). A obra é baseada no livro Caging Skies (2008) de Christine Leunens.
  O longa-metragem, ambientado em cenário alemão nos últimos meses da Segunda Guerra Mundial, conta a história de Johannes “Jojo” Betzler (Roman Griffin Davis), um garoto alemão de 10 anos que entra em um acampamento de Juventude Hitlerista. Além de ser um menino não muito habilidoso fisicamente e extremamente ingênuo, Jojo tem um amigo imaginário incomum, que lhe providencia conselhos e encorajamento em momentos difíceis; uma versão solidária e meio infantilizada de Adolf Hitler, interpretado pelo próprio Taika Waititi. Apesar de ainda ser apenas uma criança, Jojo obtém um fanatismo quase obsessivo com o político alemão, que serviu como líder do Partido Nazista.

  
adorocinema.com


  Porém, o nacionalismo cego do garoto é colocado a prova quando descobre, acidentalmente, que sua mãe solteira, Rosie (Scarlett Johansson) está escondendo uma adolescente judia, que era colega de classe de sua irmã falecida, chamada Elsa (Thomasin McKenzie), dentro da casa. Jojo, que tem o mesmo pensamento recluso da grande maioria daquela época, de acreditar na supremacia da raça ariana e o preconceitos contra pessoas de descendência judaica, começa a questionar suas crenças enquanto lida com as intervenções do amigo criado pela sua imaginação.

  Mesmo que já tenham se passado 75 anos na linha temporal desde o fim da Segunda Guerra, Jojo Rabbit é, sem dúvidas, um filme necessário, ainda mais na atual época em que vivemos e residimos nesse planeta. O longa satiriza o fanatismo, mas ao mesmo tempo, discute os horrores causados pelo nazismo e, vide o que estamos sobrevivendo em nosso próprio país, como o fanatismo tem o poder de cegar sua população. Há uma grande fala reflexiva de destaque em certo momento do filme, onde Jojo, em sua curiosidade, questiona Elsa sobre o povo judeu e a menina rebate “Somos como vocês, porém humanos.”



Por Vitoria Giovanna.
https://www.instagram.com/vitoriagiovann/




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quinta-feira, 25 de junho de 2020

Ensaio - PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DOS GAFANHOTOS

PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DOS GAFANHOTOS

    

  O que uma invasão de gafanhotos teria a ver com nossos tempos e nossa vivencia perante essa pandemia? As semelhanças estão ai, basta entende-las, basta enxerga-las.

  Como as pragas do velho testamento, àqueles que duvidaram da sua soberania, como foi o caso de um líder teimoso que insistia em prender seu povo. Temos também aqueles que dizem seu nome em vão, ao enfatizar que Ele está acima de tudo, más não olham para o seu semelhante que está ao lado precisando de ajuda.

  Teríamos hoje alguém capaz de nos salvar das consequências existentes, nosso líder quer liberdade para seu povo?

  De que adianta morrer pela pátria e viver sem razão, quando temos uma liderança sem nenhuma noção de direção. Parece que tudo o que aponta o absurdo e o desnecessário é pautado como urgente.

  Sejam pelos campos, onde há fome em grandes plantações que hoje estão ameaçadas por esses insetos, ou pelas ruas marchando indecisos, o fato é que nem os gafanhotos querem sobrevoar o nosso território, que já anda por muito tempo devastado e com suas pragas todas instaladas.

  Com uma coisa eu concordo, somos todos soldados, armados ou não. Façamos com que essas armas desvencilhem o preconceito, a intolerância, o ódio, a corrupção, e criem diálogos, pontes e resultados para um país melhor.

 

 

Rodrigo Santos


terça-feira, 23 de junho de 2020

Texto de abertura + Ensaio - A AUTORIDADE DEVE UMA EXPLICAÇÃO

  Não teria como começar a postar neste blog, sem abordar um assunto tão pertinente e necessário, num texto escrito em 2017, que serve de prato cheio, seja por noticiários ou pelas redes, nesses isolados e tenebrosos dias. Deixo desde então claro que, não generalizo e não incluo neste ensaio os dignos e os que trabalham corretamente pelo bem comum, dito isto, vamos ensaiar!


A  AUTORIDADE DEVE UMA EXPLICAÇÃO


  Já se tornou comum ouvir num ambiente tido como hostil, por muitas autoridades, palavras de ordem e progresso usadas para tranquilizar toda e qualquer situação que cheire marginalidade, ou simplesmente os extremos de onde viemos e vivemos. Os termos são preconceituosos, muitas vezes carregados de achismos e ideologias que sabe-se lá quando usados, façam algum sentido para quem julga.
  Tratarei de uma autoridade em especial, daquela que teoricamente zela pela ordem e protege a todos sem exceção: a polícia.
  Para quem julga eu não sei mas para quem é julgado, os termos são transparentes reflexos de uma situação equivocada, advinda de atitudes mais equivocadas ainda.
  A regra é bem clara: bate depois pergunta de onde vem ou o que está fazendo e pra onde está indo, infalível e também imoral. Quem foi que disse que o meu caráter, os meus modos de agir e de ser vem da forma como me visto ou da região onde moro?

  O senso comum impera carregado de ódio e dever cumprido. Mais um dia de trabalho, farda limpa, porem a consciência ainda está no cesto, esperando ou não um bom alvejante. Paralelo a isso mais um caso para as estatísticas, que será esquecido ou substituídos na manhã seguinte. Até quando!



Rodrigo Santos